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domingo, 13 de outubro de 2013

Pegos Claros 2008


Característica diferenciadora: Vinhas velhas de Castelão!


Preço: 4€

Onde: Distribuição em geral

Nota pessoal: 16

Comentário:  Um clássico do quotidiano de qualquer enófilo. Se não faz parte do quotidiano, devia fazer, acreditem.
Tantas garrafas destas esquecidas que devem estar por essas garrafeiras, arrecadações, despensas... E tão deliciosas.
Um exemplo muito genuíno e fiél do que a casta Castelão, que me é tão querida, produz. Solos arenosos, pisa a pé... Barrica 9 meses... Tudo bem. Modernices. Mas aceita-se!

Escuro e rubi, muito denso. Fumo nos aromas e rebuçado. Bola de neve. Fruta muito viva a lembrar framboesas! Curiosamente, tinhamos em casa uma caixa de framboesas acabadas de colher... colocar o nariz na caixa e no copo é um exercicio muito giro... de facto o vinho não tem aromas de framboesa, é semelhante apenas... porque framboesas frescas é outra coisa! No entanto, é o mais próximo!

Muito directo na boca, bastante equilibrado e com acidez muito bem integrada, estes Pegos Claros de 2008 está um excelente produto, para a mesa já ou para ganhar mais vida na cave em alguns anos. Isso é seguro. Bom vinho a bom preço.

Provador: Mr. Wolf




Cartuxa Colheita 2010

Característica diferenciadora: Sempre muito bom!

Preço: 13€

Onde: Distribuição em geral

Nota pessoal: 17


Comentário:  Cartuxa... adquirido para revisitá-lo neste ano de 2010! Como será que esta bandeira do bom vinho Alentejano se comprtará num ano que se manifestou tão peculiar?
Vivo na cor a fazer lembrar sangue. Muito bonito e vivo no copo. Brilhante e lustroso.

Aromas de barro, ligeira tosta e fruta encarnada esmagada. Apesar de díspares, estes aromas convivem de forma muito harmoniosa e agradável aos nossos sentidos. Tudo "leve", mas esclarecido!
Boca muito sedutora, com acidez discreta e taninos finos, mas presentes. Uma boa surpresa de 2010. Adequado no entanto à qualidade da casa, que é acima da média.

Mediana opacidade, notas na boca de chocolate e suculento. Muito interessante e muito bom. Uma escolha segura para o estilo. Fora de modas apesar de ter "uns toques" mais contemporãneos. Eu gosto muito. Fino, final longo e muito harmonioso. Nada chateia e é bom. Ponto.

Provador: Mr. Wolf

Mouchão 2000


Característica diferenciadora: Mouchão... com mais de uma dúzia de Primaveras em garrafa.

Preço: 30€

Onde: Garrafeiras especializadas... ou por sorte em restaurantes!

Nota pessoal: 18.5


Comentário:  Mouchão... é Mouchão. Ponto final, parágrafo.

Pode-se discutir o perfil, o preço, a elegância, o que se quiser... mas a verdade é que quanto mais estas garrafas (e eu...) envelhecemos, mais prazer retiro ao apreciá-las. À expectativa de prazer que normalmente acompanha o momento de abrir uma garrafa de Mouchão, juntou-se o efeito surpresa! É verdade... numa noite em casa a provar uns vinhos adquiridos nas Feiras de Vinhos, eis que salta para a mesa esta preciosidade, partilhada por bom amigo. Obrigado!

Cuidadosamente retirada a rolha, impecável a olho nú, cuidadosamente enchemos os copos com o precioso néctar.
Literalmente opaco. Rubi alcatrão... não existe? Existe, existe... É produzido com Alicante Bouschet... Impressiona a cor.

Nariz apontado ao copo e a frescura dos aromas é impressionante.
Alguns aromas de cereais, pó... aromas mais terrosos. Ouviu-se um "Cheira a milho!"... não sei bem a que cheira o milho, mas percebo. Mas num registo muito fresco e nada "asfixiante" como alguns terrosos podem parecer. Bom, há que deixá-lo respirar.
Prova-se.
Boca possante, volumoso, muito volumoso revestindo o palato com o doce do Alicante tão especial nesta casa.
Extremamente complexo e muito fresco, deixa um final quase cítrico a fazer lembrar casca de laranja. É impressionante a juventude e ao mesmo tempo maturidade deste vinho. Está muito bom para prova já e não vira a cara a mais uns anos de cave seguramente.

Nariz outra vez no copo e a brisa de aromas continua a impressionar. Alguma fruta vermelha discreta com notas vegetais e terrosas sempre presentes. Especiado mas sempre muito elegante, e na boca, ao longo da prova surpreende sempre pela frescura que tem e pelo final muito longo e fresco. 
Acidez perfeitamente integrada, que dá para para vender, sem evidências de barrica e muita harmonia e suculência. Esta garrafa, apesar dos seguramente 12 anos em garrafa que já conta, ou perto disso, continua numa forma exemplar a mostrar que um grande vinho, necessita naturalmente de cave para se mostrar a sério.

Exelente! 



Provador: Mr. Wolf


Quinta do Noval Maria Mansa 2007


Característica diferenciadora: Densidade.

Preço: 5€

Onde: Garrafeiras especializadas ou distribuição (Makro)

Nota pessoal: 17


Comentário: Mantém-se em grande forma! 
Excelente vinho a preço quase simbólico. O vinho está escuro e denso, muito fechado ainda no aroma. Pede decantação prévia, ou cave...
Escuro nos aromas também, com fruta escura discreta, notas florais vincadas (parece-me de Touriga Nacional expressiva) e claramente a "dar a volta".
Muita estrutura, taninos presentes e vigorosos e muita pujança... tudo isto, por um preço a rondar os 5€. 
Sem publicidade, discreto é sempre um valor muito seguro para a mesa ou para a cave. As de 2007, guardem-nas mais um bom par de anos.

Provador: Mr. Wolf