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terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Adega Mãe Cabernet Sauvignon 2011


Característica diferenciadora: Cabernet Sauvignon cheio de carácter.

Preço: 10€

Onde: Só vi na Adega Mãe...

Nota pessoal: 17


Comentário:  Negro e muito opaco... opaco e muito vinoso. Púrpura escuro, lágrima densa. Aroma de barrica muito vincada, ainda que, sem chatear muito. A barrica é de muita qualidade. Notas também terrosas, vegetais e verdes. No entanto de registo elegante.

Na prova do boca o vinho está muito bem. Assertivo e vegetal, delgado na acidez, ainda bem presente com taninos bem integrados. É um excelente exemplo de Cabernet Sauvignon, uma vez que as características da casta estão lá todas no entanto sem se deixarem exagerar. O carácter vegetal nota-se na prova de boca também. Tem um perfil muito contemporâneo. Parece-me adequado para provar umas garrafas ao longo dos próximos anos a avaliar para onde caminha. Se por um lado tem "tudo no sítio" para prova imediata, existem algumas características que lhe identifico que me suscitam curiosidade para uns anos de cave, tais como a acidez, quase cítrica, o terroso e essencialmente a granularidade.
Muito curiosa também a vertente mineral que o vinho tem. Não é evidente mas aparece explicita no final, acrescentando-lhe cristalinidade. Muito interessante. 
Vinho para acompanhar.

Provador: Mr. Wolf


Quinta das Bágeiras Colheita Tinto 2008

Característica diferenciadora: Baga!

Preço: 5€

Onde: Garrafeiras especializadas e alguma distribuição (Leclerc)

Nota pessoal: 17


Comentário:  Revisitar um Baga de 2008 é sempre motivo de entusiasmo. 
2008 é na minha opinião um dos mais particulares anos desde o início deste século. Por estranho que pareça...  é um ano discreto, pouco dado a exuberâncias, mas extremamente competente, comedido e elegante... Em geral. Talvez porque 2007 foi um ano de muitas promessas e quiçá terá ensombrado o lançamento dos anos seguintes... Até que surge 2009 que outra vez nos projecta as expectativas. Mas 2008 não é expectativa. É certeza. Produziu peculiar elegância, tenacidade e factualmente os vinhos são muito bons. Um baga da Casa Quinta das Bágeiras então...


Cor rubi mate, esbatido e de mediana opacidade. Aromas fiéis e verdadeiros embaixadores aromáticos da majestosa baga. Vincados, mentolados e extremamente potentes. Limpos no entanto. Muito enérgico aromaticamente e estranhamente equilibrado. Directo e assertivo. Não acrescenta muita complexidade, mas o que anuncia é bom. 
Boca muito boa. 
Ténue na acidez inicial, guloso na fruta silvestre e com carácter vegetal muito vincado. Extremamente directo, guloso e com final que termina de forma quente, apenas espicaçado pela acidez que se apresenta nesta fase final.
Excelente vinho, cheio de músculo e personalidade. Perfil muito específico, mas para quem gosta de Baga... é obrigatório ter na garrafeira.

Provador: Mr. Wolf

domingo, 19 de janeiro de 2014

Quinta do Monte D'Oiro Reserva 2003


Característica diferenciadora: Elegância e tenacidade.

Preço: 45€

Onde: Garrafeiras especializadas

Nota pessoal: 18.5


Comentário:  Escolher os vinhos para a Ceia de Natal não é fácil... escolher um vinho para a Ceia de Natal onde também vamos abrir Barca Velha, obriga a redobrada atenção... mas após alguma reflexão, um Quinta do Monte D´Oiro Reserva não comprometerá seguramente. Arrisca-se mesmo a ser protagonista.
Este de 2003 gosto especialmente. O facto de ser de 2003 induz em erro... pode pensar-se nalgum cansaço e "atenuado" pela idade... mas não!
Aberto com parcimónia e protocolo depois de repousada ao alto por 2 dias. Rolha imaculada, de vitrine!
Cor impenetrável ainda, escura e bastante límpido.
Aromas imediatos a lembrar azeite... profundo no entanto e muito balsâmico. Algum chá e ervas secas e depois de respirar um bom bocado, ligeiro doce. Aromaticamente está muito bem.
Na prova de boca é extraordinário na cremosidade e untuosidade com que se apresenta.
A estrutura que o vinha ainda apresenta é estrondosa. Elegante, mas cheio de tenacidade. Os taninos e a acidez estão tão muito bem, vivos e a fazerem-se a sentir ainda sem nunca chatear.
Fruta ténue, com predominância de especiaria e ligeiros aromas terrosos. Picante no palato e impressiona pela persistência final repleta de intensidade. 
É um excelente vinho em que todas as sensações quando se bebe é de equilíbrio e muita suculência. Nada de exageros, nada de "falta-lhe" o que quer que seja... é muito bom tal qual o vinho está... a questão é que é assim desde que saiu para o mercado, apesar de nos primeiros anos ser ligeiramente mais "vincado" nos taninos e mineral.

Puro prazer e 10 anos são 10 anos. É quando um grande vinho se mostra a sério.

Provador: Mr. Wolf